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dia 11 de setembro de 2022 - data em que
comemoramos 94 anos da emancipação política de Araripina, não foi um dia
atípico, mas um belo dia de sol sertanejo, um calor intenso que mesmo assim, a
população foi às ruas para assistir um desfile cívico com escolas e outras
instituições mostrando por onde passava um colorido em que alunos, professores,
escolas, mostraram uma arte na
criatividade e contando histórias para fazer história.
O
desfile cívico contou a história de Araripina através de nove blocos que
passearam pela religiosidade, saúde, cultura, esporte, economia, educação e
personalidades. As apresentações das bandas marciais das escolas municipais,
estaduais além da banda Maestro Álvaro Campos e do Colégio Militar do Juazeiro
do Norte – CE abrilhantaram o festivo dia 11.
Ao
todo mais de três mil participantes e cerca de 10 mil pessoas assistiram ao
momento cívico mais esperado do ano.
O que precisa mudar para ser mais organizado
Quando
a gente desfilava e vestíamos o velho conga e o padrão da nossa unidade
escolar, madrugávamos para que tudo se iniciasse no período menos quente,
geralmente às 7 horas da manhã, e outra, era terminantemente proibido a família
atrapalhar o desfile como foi percebido por nós e por quem tentava organizar as filas neste dia 11 de setembro de 2022. Teve momento que aquela multidão
tentando atrapalhar o desfile com fotos, água e até comida, me fez repensar no
cordão de isolamento, de seguranças, policiais, ou coisa assim, não para ser
truculentos, mas para colocar em ordem o que muita gente atrapalhou e deixou um
momento que era para ser tão bonito, bagunçado e feio.
Tentei
por alguns momentos pedir àquelas pessoas mais consciência e compreensão e até
mesmo alguns professores pediam a colaboração no sentido de que as famílias daqueles
que marchavam em filas, observassem e registrassem o momento sem precisar criar
tumulto, como acontecera.
Até registrei
educadores dando mau exemplo e atrapalhando o nosso desfile cívico em
comemoração ao dia da emancipação política de nossa querida Araripina. Só pra
entender que falta de educação muita vezes não é peculiaridade dos ignorantes.
No mais, o desfile foi o mesmo espetáculo de sempre, vestido de cores, brilho e muita empolgação.
E a Vigilância Sanitária? Por que não apareceu na Ala do Enfrentamento à Covid-19?
Foto antiga desfile Ala da Saúde. Arquivo Blog
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sse
questionamento insere nesse contexto a Vigilância em Saúde, que engloba
Vigilância Epidemiológica, Saúde do Trabalhador e Vigilância Sanitária que,
desde o dia 19 de março de 2020, ainda não parou as suas atividades com relação
ao enfrentamento à Covid-19, que agora já começou os trabalhos voltados para a
prevenção da Monkeypox.
O
médico, o enfermeiro, o técnico de enfermagem, o maqueiro, o auxiliar de
serviços gerais, todos, sem seguir uma regra de hierarquia, foram importantes
no combate e enfrentamento a pandemia que vitimou mais de 600 mil pessoas no Brasil.
A
Vigilância Sanitária foi a primeira instituição a ter contato direto com
pacientes, visitantes que chegavam ao município muitas vezes de forma
clandestina fugindo dos aglomerados que se concentravam nas cidades grandes e
que se mostravam a maior fonte de contaminação. Fomos tachados de covardes por
fechar estabelecimentos que descumpriam as normas vindas do Ministério da
Saúde, da Anvisa, dos Decretos Estaduais e às vezes, éramos obrigados a recorrer
a força policial para evitar agressões físicas e verbais.
Tínhamos
horário para pegar no serviço e não tínhamos horário para largar. Pela manhã e
tarde, na maioria das vezes, as denúncias que recebíamos éramos obrigados a
cumprir dentro do que determinava os protocolos de isolamento, das portarias e
decretos. As Operações Conjuntas com a Polícia Militar e Corpo de Bombeiros
varavam a madrugada tentando coibir os possíveis focos de transmissão como aglomerações que não
deixavam de acontecer, mesmo às pessoas sabendo que a Pandemia estava na sua
fase mais letal.
E quantas
vezes não fomos convocados para apagar incêndio dos outros? E quanto estresse
não nos causou a Pandemia da Covid-19 que até hoje, ainda sentimos o cansaço de
um trabalho que ainda não tivemos tempo para relaxar de verdade?
Gostaria
de dizer aqui tudo que passa em minha mente nesse instante, mas todos viram o
empenho de uma instituição que só é lembrada quando a coisa aperta e ninguém
mais quer resolver os problemas que são para os corajosos, para os determinados
e que cumpre com os mandamentos estabelecidos no Sistema Único de Saúde. Nós da
Vigilância estamos lá no Art Art. 5º da Lei nº
8.080 de 19 de setembro de 1990 - § 1º que
define a vigilância sanitária com um conjunto de ações capaz de eliminar,
diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários
decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens e da prestação
de serviços de interesse da saúde, abrangendo diversos serviços que são importantes
para garantir proteção da população, e foi isso que fizemos durante esses dois
anos ininterrupto da PANDEMIA.
Agora passou. Ninguém lembra mais que Vigilância Sanitária existe.
Vamos continuar assim mesmo na luta, mesmo no ANONIMATO.
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Blog do Paixão 2022