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COLUNA DO PAIXÃO: ARARIPINA VIROU UM CEMITÉRIO DE OBRAS INACABADAS

17 obras paralisadas no Município, entre elas Unidades Escolares, Creches, Quadras Poliesportivas, uma Unidade de Pronto Atendimento, que já eram para ter sido entregues à população



O redator de O Grande Jornal acompanhado do colega de Imprensa – Damião Sousa – do Blog Araripina em Foco, dos vereadores Luís Henrique Coelho (PSL), Aderval Régis (PMDB) e de Luciano Capitão (PMDB), visitou 14 obras do governo federal que em sua maioria estão com suas atividades paralisadas. Dentre as 14 obras, outras três já deveriam ter sido entregue à população do Município de Araripina, no sertão de Pernambuco, que inclui uma Unidade Pronto Atendimento – UPA, uma Unidade de Básica e uma Academia da Saúde.

Os trabalhos de visita nas obras paralisadas aconteceram em duas etapas: na primeira foram 05 edificações fiscalizadas e na segunda etapa, 09 obras. Apenas a Escola Nucleada Felipe Coelho na Serra do Marinheiro, foi entregue, faltando ainda concluir o muro, que segundo informação do vereador Líder da Bancada de Situação – Francisco Edvaldo (PROS), o orçamento deve ser oriundo dos cofres da prefeitura. Três obras (incluindo a UPA) estão sendo tocadas lentamente, sendo uma Unidade Escolar na Serra do IPA e outra na Serra da Rancharia, a Escola Antonio Laurindo. Todas elas estão com prazo de entrega vencido.

São quadras, escolas, creches, unidades de saúde, que já poderiam beneficiar tanto as comunidades rurais, como a urbana. Para o vereador Líder do Governo na Câmara, a culpa é do governo federal que repassou apenas 50% do volume de recursos através do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação – FNDE. Questionado sobre o não repasse pelo motivo da falta de alimentação no SIMEC (Sistema Integrado de Execução e Controle) do andamento das obras ou de falta de informação transparente, já que a maioria do acervo de construções inacabadas eram justamente as apontadas em uma investigação de desvio de recursos de verbas oriundas do Ministério da Educação pela Operação Paradise – Edvaldo afirmou que tudo estava sendo feito na maior normalidade e dentro do que preconiza as normas e requisitos exigidos pelos entes federais.

Para o vereador Evilásio Mateus da oposição, como a alimentação que estava acontecendo era fictícia com informações fraudulentas, o que resultou na operação da Polícia Federal e da Controladoria Geral da União – CGU, e os recursos foram retidos e não mais repassados, reflete negativamente para o município e deixa paralisadas obras necessárias que deviam servir às comunidades araripinenses.

Em conversa com o presidente da câmara – Luciano Capitão (PMDB), ele falou do sentimento de tristeza que é encontrar tanta obra inacabada e abandonada, e lamentou muito por ter creditado ao governo municipal um voto de esperança, e sente-se cúmplice de tudo de ruim que está acontecendo no Município, porque comungou com uma ideia que em palanque prometia muitas mudanças e o trato e zelo com o dinheiro público, inclusive respaldado pelo ex-governador Eduardo Campos, morto em um acidente de avião no dia 13 de agosto de 2014. Para Capitão, que apenas se distanciou do governo depois da ação da Operação Paradise em Araripina, o prefeito não é muito sensível à situação que vive a saúde do Município.

Para os internautas em redes sociais, no facebook, a demora dos atuais representantes do povo em se desligar de um governo que perdeu credibilidade, que nunca teve compromisso com os seus munícipes, e em apenas cumprir o seu papel de fiscalizador em ano eleitoral, é a prova da cumplicidade com os erros, com o mau uso dos recursos públicos, e absorvê-los da culpa que traz inclusive como prova esse cemitério de obras inacabadas, se torna impossível. Com relação aos que defendem o governo municipal e até trata de mal agradecido àqueles que não reconhecem os trabalhos desenvolvidos pela gestão municipal, os que acompanham diariamente através da comunicação online, os portais de notícias e tantos outros meios alternativos de informação, acreditam muito que os vereadores de situação são beneficiários do sistema de cotas minoritárias, e que vão sempre difundir factoides.

Enquanto isso, as obras que eram para impulsionar ainda mais o desenvolvimento de Araripina, ficam paradas e sem perspectiva alguma de que serão entregues este ano aos araripinenses que podem usar a principal arma de mudança, o voto, para cobrar nas urnas as promessas de campanha eleitoral que não foram cumpridas pelo governo atual. A ferramenta de mudança está nas mãos dos eleitores e somente eles, podem escolher um nome que realmente terá compromisso com o povo. Por enquanto, nenhum carrega uma estrela na testa indicando essa possibilidade.

Por Everaldo Paixão


Matéria de O Grande Jornal - Mês de Abril

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Fotos: EveraldoPaixão

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