Movimento do Sindicato dos Servidores Municipais de Araripina - SIMA - Foto Facebook
Trechos da Degravação da Entrevista de Tiago Silva - Presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Araripina - SIMA ao Tribuna Livre 1ª Edição - Dia 15.12.2014
Antes de iniciar falando sobre a degravação da entrevista do Professor Tiago Silva, Presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Araripina – SIMA quero somente salientar, que ouvi nesse mesmo programa, nessa mesma emissora de rádio, os reclames da população.
Desde salários atrasados, lixo, esgotos a céu aberto, ruas sem calçamentos, banheiros públicos interditados em local de grande circulação de pessoas, praças e ruas escuras, muriçocas, bairros totalmente esquecidos pelo poder público, enfim, problemas que têm sido rotineiros, e que o governo municipal parece que não está nem aí para as manifestações populares, por enquanto verbal. A própria tem sido taxada de “pessoas da oposição” pelos veículos de comunicação pagos pela prefeitura, que tem feito o papel de propagandear uma gestão que nunca entrou nos trilhos desde que assumiu. A população tem sido esquecida pelo governo municipal. Essa é a verdade.
Vamos ver agora trechos da entrevista do Professor Tiago Silva:
Sobre a demissão dos contratados antes do prazo previsto em lei.”
“Houve desrespeito por parte da prefeitura municipal de Araripina, pelo fato de que mãe de família, pai de família, realizaram contratos junto à prefeitura, prestando serviços com a expectativa de até 31 de dezembro. De forma desrespeitosa, do dia pra noite, a prefeitura municipal de Araripina rompeu esse acordo”
“Somos frontalmente contrário essa postura da prefeitura, por isso estaremos solicitando de forma administrativa explicações, o porquê de ter demitido (fora do prazo acordado)?”. “E também estaremos buscando que o Ministério Público fique informado desse motivo. Pelo fato de que esses pais e mães de família, eles foram de forma desrespeitosa, colocados para fora dos seus serviços”.
O âncora do programa questionou o que poderia ser feito para resolve a situação já que os contratos terminariam no dia 31 de dezembro e foram antecipados, e que a prefeitura disse na emissora de rádio (no programa) que fez tudo de forma legal.
“Nós não temos Estatuto do Servidor do Município de Araripina, e de acordo com ele estaríamos explicando como de fato iriam funcionar os contratos, o prazo que poderiam ser feitos os cortes, e já foram feitos inúmeros pedidos à prefeitura para sentar com o sindicato, para montar uma proposta para o estatuto do servidor. A partir do momento que não existe o estatuto, a prefeitura dessa forma se aproveita desse vazio administrativo, e toma esse tipo de atitude”.
“Nós já solicitamos a prefeitura, tanto com o gabinete, para discutir o estatuto, que iria resolve entre tantas situações data de pagamento, junta médica, seleção para temporário. A partir do momento que fosse aprovado o estatuto, tudo seria resolvido de fato de forma legal”.
“O sindicato está encampando a luta para eleições diretas para diretores de escolas, dizer que somos completamente contra esse método de lotear as escolas a partir de acordos políticos, sem questionar a competência de nenhum diretor (frisou Tiago), mas infelizmente o que determina o diretor de escolar exercer a função diretor não é essa competência (da meritocracia). Eu acho que a prefeitura concorda com a gente que tem que ter democracia nas escolas”.
Sobre pagamentos, inclusive do mês de dezembro.
“Vamos buscar a cópia do contrato (de cada um) para que o sindicato tenha essa cópia em mão, para que se verifique a situação como: a relação do 13º proporcional, que o servidor temporário também tem o direito de acordo com essa proporcionalidade”.
“Nós queremos o diálogo com a prefeitura. A gente não entende porque a prefeitura é insistente em não dialogar com o sindicato (veja o motivo ao final da matéria). Se ela tem uma interpretação e discorda das atitudes do sindicato, a gente também não concorda com as atitudes da prefeitura e queremos o diálogo. Tem que ter um pouco de seriedade administrativa e entender que nem todas as representações de trabalhadores são defensores de seus chefes. Nós não iremos defender a prefeitura. Se ela espera que a gente baixe a cabeça e bater palmas, a gente não vai bater palmas para ninguém da prefeitura. A gente quer o diálogo, e a partir do diálogo buscar soluções”.
“Fiquei sabendo que o pessoal da prefeitura colocou que o sindicato deveria também mobilizar e exigir os repasses do governo federal (agora o sindicato é reconhecido como entidade representativa). A gente está mobilizando para ter um estatuto a prefeitura não dialoga, ter data fixa de pagamento também não dialoga, mobilizando para ter junta médica no município, a prefeitura não dialoga, para que o setor da saúde recebe insalubridade, que o administrativo da educação seja incorporado no planos de cargos e carreiras, a gente não observa da prefeitura ter um diálogo, essa conversa. Agora ela quer o sindicato, quer usar o sindicato. Imagina só, a gente lutando para ter mais dinheiro no município, se esse recurso não está sendo repassado de forma integral em termos de data fixa e pagamento do servidor. Então nós não estamos a serviço do chefe da prefeitura, estamos a serviço do servidor público.”
Sobre a data (um calendário de pagamento) do servidor que afeta principalmente o comércio local.
“Todo mês tem um setor da prefeitura que recebe primeiro do que os outros, a desorganização é muito grande. A prefeitura deveria sentar conosco e conversar sobre o estatuto, debater com os vereadores, porque ali que vai ter a data fixa. A data fixa facilita muito coisa. A questão do 13º salário muito gente está com medo (de não receber pelo menos no último prazo que é até o dia 20). Você só fia tranqüilo quando recebe uma credibilidade da prefeitura. Já pedimos para o prefeitura e ela não responde via ofício. Só vai mudar alguma coisa se o servidor se mobilizar. Vamos organizar na primeira semana de janeiro seminário sobre o estatuto do servidor”.
Nesses quase três anos de governo a prefeitura não teve um contato direto com os servidores municipais e é lamentável que não aja esse contato e que sofre com tudo isso é o servidor (comentário do âncora do programa).
“O chefe do poder executivo sentou conosco duas vezes e não conseguimos encaminhar aquilo que foi discutido (acordado). O chefe do poder executivo ele não senta com o sindicato caracterizá-lo como radical, ligado a grupos políticos de oposição a ele. Os grupos políticos só e revezam no poder aqui em Araripina, a gente tem essa interpretação, seis, meia dúzia, doze menos seis, os grupos políticos de Araripina. Outro momento a prefeitura chegou a questionar sobre a quantidade de filiados ao sindicato. Nós temos mais de três vezes do que a prefeitura disse aqui nesse mesmo programa, e mesmo assim a prefeitura tem que aprender que se tivéssemos menos do que disseram no programa, ela tem que sentar conosco, porque nós representamos os servidores. E quem perde mais é o servidor. E nesse momento que está perdendo mais é o servidor temporário, o substituto que está com salário atrasado, tem dois ou três meses que eles não recebem, e sabemos também que inventaram nova data para pagamento de pensionistas e aposentados. Dia 10. Não existe. É até o quinto dia útil. Enviamos um ofício para ARARIPREV pedindo explicações, infelizmente assim como todos os outros setores da prefeitura as informações não são repassadas. Existe um diálogo hoje entre a Secretaria de Educação e o Sindicato”.
“Se não sair o pagamento do 13º até o dia vinte, estaremos realizando um ato dia 23, 09 horas da manhã, em frente ao SIMA”.
“É descontado 11% do nosso salário todo mês para o fundo do ARARIPREV, e a prefeitura tem que garantir à saúde financeira do ARARIPREV a base do desconto dos salários. Não tem desculpas para o ARARIPREV não ter saldo. É descontado de mais de 1.500 servidores municipais 11% dos seus salários”.
Em relação ao consignado (empréstimo feito junto ao banco pelo servidor) e que é descontado na folha de pagamento, não está sendo repassado regularmente e acontecem casos de servidores receberem carta do SERASA.
Ao final Tiago pediu que a relação entre sindicato e prefeitura melhore e que os diálogos gerem acordos que sejam satisfatórios para os servidores e para a sociedade araripinense em geral. Todos saem ganhando quando tudo acontece harmoniosamente.
Veja o que o prefeito disse numa entrevista no mesmo programa no dia 09.10.2014. - sobre o SIMA.
Hoje teve uma manifestação na rua, manifestação de 15 pessoas de forma irresponsável. Um presidente de um sindicato que não representa absolutamente nada. O sindicato tem 90 filiados dos professores. Isso é um absurdo. Temos 995 professores e o sindicato não tem nem 100 filiados, então ele não representa a base. Vamos trabalhar para em 2015 para a gente poder criar o calendário de pagamento do município. É uma promessa minha de campanha. Em dezembro já vai sair o calendário de pagamento.
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