OPINIÃO: PRECISAMOS DE UM FEDERAL NO ARARIPE? QUEM SAI NA FRENTE?

Nós precisamos de um Deputado Federal. A grita é geral. E nesse quadro de desejo político, começaram a surgir os blocos em defesa de candidatos de toda estirpe para representar a região que para eles é órfão e submissa de gente que só aparece aqui (não preciso repetir de quando em quando) para encher os bolsos dos “cabos eleitorais” – de preferência os “nossos representantes” no Poder Legislativo Municipal.

Os vereadores da oposição já deram a largada, e são vistos com frequência, sempre acompanhados do Deputado Estadual – Raimundo Pimentel (PSB), ao lado de Fernando Filho (PSB) – filho de Fernando Bezerra Coelho (PSB)- em encontros com populares. Eu fico doente e sem entender esse “apego político” que eles têm com partidos que no município se confrontam e se repudiam. É preciso ser leigo para não se confundir. 

O apoio de Raimundo Pimentel ao Governador de Pernambuco (claro é compreensível, são partidários), quando parte do seu grupo e eleitorado, vive principalmente nas redes sociais defendendo fervorosamente a reeleição da Presidente Dilma Rouseff (PT). Me ajudem a compreender por favor essa salada mista e esse descaramento em que se misturam em apoio a candidatos no estado, e se engalfinham nas disputas municipais. Eleitor esse sim deveria ter vergonha na cara e dar um basta a toda essa farsa.

Na Região do Araripe todo dia se tem novidades (acho que já falei numa opinião antes, mas quero frisar), e nomes novos surgem para confundir a cuca do eleitor araripeano. Ricardo Ramos, Ricardo Arraes, Bringel Pai e Bringel Filho, Lula Sampaio, Doutora Socorro, Nunes Rafael, Valmir Filho, Alexandre Arraes e até a primeira dama do Município de Araripina – Roberta Arraes “Bertino” – com militância e tudo propagandeando que ela “É Federal”. Parece que a ideia não vingou ou está de molho esperando ficar no ponto. Nesse cenário poucos nomes de outros Municípios aparecem para e encorpar e acirrar a disputa para ver quem sai candidato de um lado e quem vai aparecer do outro. Só Dudu mandando não vale.

As ideias, as preocupações e as mais bizarras desculpas é que precisam de força política para resolver os problemas seculares do Araripe. E mais um reforço trouxe (segundo eles) um tema em voga que é a luta para que o Projeto Original do Canal do Sertão seja mantido, o que abriu brechas para que a ideia do “nosso federal” seja defendida pelo povo do Sertão do Araripe e que nomes fortes e competitivos sejam apontados e já. Será se não é mais uma das artimanhas políticas para nos enganar. Podem até me chamar de louco, mas algo assim que aparece de repente e vira notícia na mídia e que vai gerar discussões políticas a cerca do tema, pode ser mais uma armadilha para o eleitor. Se alguém quiser desconsiderar essa hipótese ou acreditar em tantas que já foram inventadas e que tem mantido muita gente “corrupta” e insensível no poder, fique a vontade.

O cenário político, os velhos políticos e sempre conhecidos nossos, a exemplo de Gonzaga Patriota (PSB) e outros, as promessas de garantir mudanças para o povo sertanejo com o combate aos males causados pela seca, já são filmes antigos e que ainda não nos habituamos a exigir com mais frequência e isso pode ser a falta de um representante? 

Uma máquina aqui, um trator acolá, um poço que não deu vazão suficiente e frustrou uma comunidade porque ele simplesmente secou, são benefícios que podemos enxergar como eleitoreiros e que só camuflam as nossas esperanças. Essas práticas politiqueiras funcionam desde quando me “entendi de gente” e aí sempre me questiono o que mudou em nossa região a não ser um progresso e um desenvolvimento à custa do sacrifício de um povo sertanejo que acredita nas suas próprias forças para fazer uma revolução de transformação. 

Precisamos sim do estado, precisamos sim dos políticos, mas sempre e não apenas a passar como nuvem passageira. O nosso sofrimento também deseja e tem vontade de alguém que nos represente e que sai dos quadros da nossa região, mas por enquanto as poucas contribuições que vimos não nos fortalecem nessa ideia.

Os nomes que surgem para esse concurso eletivo que acontecerá em 2014, ainda são vistas como pessoas vaidosas, prepotentes, impopulares e que na prática são adeptos do fisiologismo e do assistencialismo e eles não devem servir aos anseios do nosso povo.

Então, que a dança dos políticos comecem, quem sabe escolheremos um nome que não tenha esses defeitos e que reconheçamos as suas virtudes. Então é preciso nascer outra geração de políticos.