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OPINIÃO: MULHER MERECE RESPEITO, O NOSSO RESPEITO!!


Pode jogar uma bomba lá no cabaré,
Que eu junto os cacos das puta 
Pra fazer outra mulher! 
Ela é rapariga de doer 

Fazer o quê? 
O meu coração é todo dela. 

A mulher não é objeto, a mulher é pra ser amada e tratada como rainha. E aí eu pergunto: até quando vamos tolerar essa falta de respeito, os termos depreciativos, o preconceito, a incitação à violência contra o sexo oposto?

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou os resultados de uma pesquisa sobre o número de feminicídios após a vigência da Lei Maria da Penha. O resultado assusta: 15 mulheres são mortas por dia no Brasil, uma a cada uma hora e meia. É a chamada violência de gênero, aquela perpetrada contra mulheres em razão de elas serem... mulheres.

O que eu quero abordar então é outro de tipo de violência, que tem muitas vezes como protagonista principal a própria mulher. É costumeiro passar por bares da nossa cidade e assistir um festival de aberração musical apreciado por ambos os sexos e claro, onde a bebedeira, algazarra e a extravagância fazem parte do coquetel. Os carros com suas portas traseiras levantadas, som potentes, decibéis acima do permitido, tocam as letras mais apavorantes que um cidadão culturalmente educado possa imaginar. Mulher bagaceira, vagabunda, pistoleira, fuleira, safada, puta, mandingueira, raparigueira, bandoleira, são termos emitidos sonoramente e que envolve todos numa farra que nem se percebe a violência praticada explicitamente.

Elas são envolvidas naquele clima de descontração e divertimento e se sentem privilegiadas por ser tratada como mulher desejada. O homem nem se fala, adora ser chamado de traído, e a farra naquele momento não pode ceder lugar para desavenças, afinal de contas toda mulher naquele ambiente é fruto de desejo, de saciação, e de depreciação.

Frequentar um ambiente desses (tem os que fazem questão de levar a mulher, namorada) e se sentir como um sociável e a vontade, somente podemos acreditar que não são os “culturalmente” cidadãos conscientes, são os imbecis e descerebrados (cidadão incultos) que não precisam raciocinar para entender que ali, prospera a regra da depreciação a mulher, a tua mulher que tu chama de meu amor, sendo tratada com essas expressões pejorativas e como mulher objeto.

Pagodeiros, forrozeiros e “axezeiros” todos vendem milhões de discos. As gravadoras, os, promotores de eventos, fazem questão de contratar as bandas que tocam esse tipo de música (se podemos chamar isso de música). Existem até especialistas “letreiros” para compor essas “aberrações musicais” e somos obrigados a ouvir em rádios, em programas de televisão porque elas tocam, vendem e dão lucros que ultrapassam os limites do justo. Proibir? Claro que não, porque impediria a liberdade de expressão para quem escreve essas bobagens comercializadas e que vendem justamente porque somos um povo que tem ausência de preparo intelectual. 

A mulher precisa levantar a sua bandeira. A bandeira do “mais respeito” porque ela tem sim se adaptado ao espaço que ela conseguiu desde quando no Dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos, situada na cidade norte americana de Nova Iorque, fizeram uma grande greve. Ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores condições de trabalho.

A mulher não precisa ser comemorada só no seu dia, todo dia é dia da mulher (e como dizia uma velha frase: você não precisa mostrar que é o bom, o tal, conquistando uma mulher todo dia, mas a mesma mulher a cada dia) e isso serve de lição para nós homens, letreiros, pagodeiros, forrozeiros e axezeiros. Respeitem elas todos os dias. 

É preciso para de vender um produto, um artigo de desejo e sim valorizar uma guerreira (a nossa mãe) uma mulher (a esposa e namorada) a experiência (a nossa avó), para entender o quão elas são importantes em nossas vidas.

Parabéns mulheres, eu não consigo acreditar que tenho tantas palavras bonitas e sinceras para dizer como é grande o meu amor por vocês.


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