About Me

OPINIÃO: INCOERÊNCIA PARTIDÁRIA OU VERTICALIZAÇÃO?


Político mais importante a se filiar ao Pros (Partido Republicano da Ordem Social), o governador do Ceará, Cid Gomes, quer modificar o nome do partido. Seu objetivo é retirar o R e o O e rebatizá-lo apenas de Partido Socialista (PS), sigla que seria utilizada na eleição de 2014. Tentará incluir a legenda na Internacional Socialista. Tudo para espezinhar seu desafeto Eduardo Campos, que jamais conseguiu que o PSB do qual é presidente fosse admitido  na entidade internacional dos partidos de esquerda. 

A Verticalização é um processo político recente (surgiu em 1998) de alianças que ocorre no Brasil. Os partidos políticos ficam obrigados a reproduzir nas eleições estaduais as mesmas alianças partidárias que tiverem feito na eleição presidencial. Isto ocorre devido a um entendimento do Tribunal Superior Eleitoral sobre o artigo 6º da Lei Federal 9.504 de 30 de setembro de 1997, que versa sobre as normas para as eleições. Em 2006, esse princípio político foi colocado em votação na Câmara Federal, tendo sido aprovado o seu fim por 343 votos a favor e 143 contra. A verticalização impede que partidos adversários na eleição à Presidência se aliem nos Estados. Por exemplo: se o PMDB apoiar Dilma, não poderá se aliar ao PSDB em nenhum Estado. Nem ao PSB.

Em 8 de Junho de 2006 o TSE recua em sua decisão e a regra de verticalização volta a ser igual a de 2002: partidos sem candidatos à presidência poderão formar coligações regionais.

A verticalização é considerada o princípio da coerência, e  não dar para entender e nem compreender o que é coerência quando se envolve políticos. O texto que serviu como preâmbulo para então abrir a minha opinião sobre o tema, me deixa muitas dúvidas que precisam de respostas também coerentes.

Repetindo: se o PMDB apoiar Dilma, não poderá se aliar ao PSDB em nenhum Estado. Nem ao PSB. Por exemplo, se Cid Gomes (Pros) resolvesse disputar a presidência em 2014, os recém-filiados por cumprimento à fidelidade partidária teriam que apoiar o candidato do partido. Isso mesmo? (se alguém achar que estou equivocado, corrija-me por favor).

E se nesse caso isso de repente passasse de suposição a concretização e o Vereador Francisco Edvaldo hoje filiado ao Pros e presidente do Diretório Municipal (que apoiará com absoluta certeza – desculpem a redundância – Eduardo Campos em 2014) – resolvesse com adesivo e todo figurino que adorna as campanhas políticas se declarar publicamente apoio ao Governador?
E por qual motivo o então legislador municipal encontrou em meio a tantos partidos se alojar (inclusive o PSB) numa sigla que faz hoje oposição ferrenha ao governador de Pernambuco tão querido e tão cultuado por sua gente?

Dificuldades por não encontrar outra legenda para presidir ? Ou a velha antipatia que lhe é tão inerente o afasta das demais, assim como acontecia com o velho PMDB em Araripina que agora muda de mão e pensa em aumentar o seu número de filiados?
São muitas dúvidas que o intricado mundo político precisa destrin char e que já sabemos todas as respostas em sua minuciosidade.

As vaidades, os interesses, os caminhos menos espinhosos, mais vantajosos individualmente, são respostas num meio de tanta confusão que nos levam a uma exatidão. A vontade de assumir um próprio rumo mesmo que as desavenças antecedam os fatos já é uma confirmação óbvia, e digo isso, em referência a mudança de partido do então vereador que mesmo que assuma em público que não existe rompimeno entre ele e o vice-prefeito, uma rusga ficou para limitar o território.
Quis apenas evidenciar o assunto para chamar a atenção de fatos inéditos e surpreendentes que ainda pode trazer muita pauta para discussão política. Araripina, Pernambuco e o Brasil estão na rota daqueles que formam opinião para não embaraçar a cabeça do (e)leitor.



Até breve.

Postar um comentário

0 Comentários