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OPINIÃO: DESABAFO DE UM BLOGUEIRO



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á contei aqui a história de luta dos moradores de Ribeirão Bonito no interior de São Paulo. Eles criaram a AMARRIBO. A AMARRIBO Brasil nasceu em 1999 de uma reunião de amigos nascidos, residentes ou simpatizantes de Ribeirão Bonito, interessados em oferecer voluntariamente seu tempo, talento, competências e habilidades para contribuir para o desenvolvimento da cidade. E principalmente combater os desvios de recursos que promoveriam o bem-estar de sua população. Dificilmente ou provavelmente isso acontecerá numa cidade com o nível cultural e político de Araripina. Os políticos de oposição ao atual governo municipal agradecem a maquiagem de uma administração que tenta rumar sem destino, porque eles ficam a espreita de plantão torcendo para que os tropeços aconteçam e os adversários de hoje formarão o poder do amanhã fortalecidos com os que certamente migrarão do outro lado. Ai fica tudo como está, sendo que boa parte do grupo que hoje está no poder usará da mesma estratégia de sempre: ficar ao lado de quem tem o poder. 

Disse em rede social que ia escrever sobre três temas: palanque político na abertura do novenário de Nossa Senhora da Conceição, padroeira de Araripina (dia 28/11/2013), a audiência pública com as polícias civil e militar que acontecera na Câmara de Vereadores (com um público ínfimo para um tema tão importante) – dia 27/11/2013, e a entrevista de Alexandre Arraes, dia 29/11/2013. Mas como o povo de Ribeirão Bonito nós nunca haveremos de fazer coisa igual (lutar pelos nossos direitos), resolvi recuar e esperar onde vamos chegar com as nossas bocas caladas, mãos atadas e pernas amarradas (literalmente) aturdidos, inertes e estáticos, esperando que algo aconteça sem mover uma palha. 

Aqui em Araripina é mentira afirmar que existem blogs só para defender a administração municipal, isso sim seria injusto e tentar maquilar a verdade. Os blogs dos adversários de Arraes estão aí, afinados e bem pagos, (inclusive tem deles que é igual à gilete – corta dos dois lados) fazendo o papel de defensores da nossa Araripina. Eles são pagos para fazer o que eles mesmos denunciam de “imprensa vendida”. E como eu não faço parte de nenhumas dessas alas, pude compreender que “Imprensa Chapa Branca” e “Imprensa Chapa Preta”, cumprem na verdade o mesmo papel: defender os políticos que fazem mal a nossa gente. 

É escandaloso assistir em meio a um tiroteio de grupos opositores e defensores, a digladiação de uma batalha infame na busca ao poder em que nós a população de parasitas é a vítima.  

Já fiz minha parte e me sinto um pouco deslocado (e desfocado) num ambiente que a cada dia você é tentado e atraído por corruptores e “gente de mau caráter”, que pensa apenas em tirar vantagens individuais. 

Enquanto o pluralismo de ideia não se fizer presente para exigir dos nossos governantes mais responsabilidades, mais transparência e mais amor a essa terra bendita e querida, sendo que para tudo isso acontecer se faz necessário o voto livre (de promessas), o blogueiro aqui desiludido fazendo esse desabafo, voltará a compor poesias sem métricas para falar de coisas apenas do coração. 

Sou assalariado como muitos proletariados brasileiros. Vivo de uma renda irrisória (terreno fértil para se corromper). Pago escolas dos meus filhos (faço milagres), mas mesmo assim quero como demonstra tudo àquilo que escrevo, ser livre, votar livre, permanecer num caminho reto para garantir respeitos dos meus filhos, familiares e da sociedade, que é a base para garantia da minha credibilidade. Se não tenho o respeito dos meus superiores, que me olham como inimigo político, como uma afronte ao seu cargo, com o olhar atravessado, é que lhes faltam sabedoria e o espirito de liderança.  

Quero agradecer ao meu colaborador lá do Sudeste (o único que tenho) – Marcos Antonio de Souza – por ser meu cúmplice e parceiro e espero que ele e os meus leitores digitais entendam que preciso cuidar da minha vida e das minhas atividades extra trabalho. O blog só me tem causado problemas e não me tem trazido nem um dividendo, e eu tenho a minha família para criar e educar. 

Preciso dar um tempo. Quem sabe fazer igualzinho a Monteiro Lobato: gostava de falar e fazer política, mas desiludido com a praticada no Brasil (já no período Vargas), preferiu criar a boneca de pano para desafogar suas mágoas. 

Quem sabe eu não invento um personagem para plagiar o grande escritor.

Mas quero avisar que estou só dando uma pausa. A luta do beija-flor apagando o incêndio da floresta sozinho continua. 

Aguardem. 

Até breve.


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